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Clubes do interior sofrem com interrupção dos campeonatos

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 Na tarde de sábado, 14 de março, a Internacional de Limeira empatava sem gols com o Palmeiras, no estádio Major Levy Sobrinho. Naquele dia, alguns campeonatos estaduais já haviam sido paralisados em razão da pandemia do novo coronavírus. A decisão por para também o Paulistão saiu na segunda-feira, dia 16 e naquele momento o clube, que disputa a divisão de elite campeonato estadual depois 11 anos, mal sabia que ficaria vários meses sem jogar. Já são 60 dias sem o reinicio do torneio e o período deve se estender.

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Foto: Divulgação/Internacional de Limeira

Além do tempo de inatividade, outra preocupação do clube é com o vinculo de atletas e comissão técnica, que foram, em sua maioria, firmados ate 26 de abril, data da final do Paulistão. Cerca de um mês e meio após a paralisação, o clube limeirense possui apenas quatro jogadores com contratos validos, e esta continua sendo a situação atual. Até o vinculo do técnico Elano, ex-jogador da seleção brasileira e Santos, chegou ao fim durante a quarentena.

Para Enrico Ambrogiani, CEO da Inter de Limeira, no entanto, os contratos formais não são uma preocupação em caso de volta da competição.

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“Há um acordo verbal com os jogadores para retomada do campeonato. Acredito que será possível um retorno. Quanto ao Elano vamos conversar ainda, mas ele com certeza fica conosco se o campeonato voltar”, afirma Ambrogiani.

Na cidade vizinha, O XV de Piracicaba, que disputa a série A2 do Campeonato Paulista e não joga desde 14 de março, quando foi derrotado pelo Taubaté, já liberou cinco jogadores desde o início da quarentena, mas conseguiu manter pelo menos 11 atletas que iniciaram o campeonato. Para ter elenco suficiente para um eventual retorno, o clube decidiu integrar os atletas da categoria sub-20. 

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“Infelizmente, não tínhamos condições de seguir com todos os atletas, mas nos manteremos fortes e na briga pelo acesso quando o campeonato retornar” informa o gestor de futebol do clube Beto de Souza. 

Foto: Fernando Oliveira

Em uma realidade distante, disputando a Série B, a “segundona” do campeonato estadual, correspondente à quarta divisão, o Rio Branco, de Americana, conta com todo elenco em contrato. É o que garante Thiago Barreto, vice-presidente do clube. “Todos os jogadores do elenco atual estão com contrato em dia e aguardando liberação das atividades”. 

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Estádio Décio Vitta - Americana (SP) Foto: Divulgação/ Rio Branco

A principal preocupação para os rio branquenses, no entanto, é a parte financeira. Com pouco dinheiro em caixa neste período, o clube luta para conseguir recursos e cumprir os acordos.

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“Por conta da paralisação e consequentemente da diminuição de receitas e patrocínios, não estamos conseguindo arcar com todos os compromissos. Estamos trabalhando com recursos limitados e criando ações de incentivo, como leilão de camisas”, relata Barreto.

A realidade financeira também é complicada em Limeira, mesmo o Leão estando na primeira divisão do estadual. No site oficial da Inter, o presidente do clube, Lucas D’Andrea Balistiero, admitiu o uso de recursos antecipados para reequilibrar as contas e informou acreditar que o retorno do Paulistão possa ajudar a quitar pendências. “Infelizmente tivemos que adiantar estes recursos, mas com a volta do campeonato, acreditamos que a Cota Federativa será paga e poderemos voltar a negociar e renovar contratos”, disse.

 

 Em relação aos compromissos, como salários e outras contas, o CEO Ambroginig garante que até o momento não houve nenhum atraso, mesmo como o cenário relatado pelo presidente. “Para o clube que sempre opera no limite, como é nosso caso, as questões financeiras sempre são complicadas, ainda mais neste momento de crise, mas estamos cumprindo todos os nossos compromissos”.

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 Em Piracicaba, a situação também é preocupante. Com a diminuição de receitas, o XV está utilizando a quantia que recebeu pela participação da Copa do Brasil para equilibrar as contas e luta para manter os salários em dia.

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“Infelizmente, foi necessário fazer algumas dispensas, em todos os setores do clube, além de reduções salariais. Os próprios atletas tiveram seus vencimentos revistos. já que perdemos alguns patrocínios e outras fontes de receitas foram comprometidas”, relata o presidente do clube, Arnaldo Antonio Bortoletto.

E mesmo em esquema de home office, atletas procuram manter uma rotina de treinos, na maioria dos casos com orientação e supervisão direta dos profissionais da área de preparação física das equipes.

Toda semana, direto do oriente médio, o meio campista Kanda, do Rio Branco, que mora no Japão e está de quarentena no país, envia vídeos via WhatsApp de seu treinamento com e sem bola. O trabalho é acompanhado a risca pela comissão técnica do clube e reflete o que também acontece nos grupos da Inter e do XV.

Também trabalhando em suas casas, as comissões técnicas dos clubes são responsáveis pela montagem das planilhas com treinos diários para os jogadores que devem enviar os vídeos realizando toda a atividade. Os departamentos administrativos também atuam, em sua maioria, normalmente, em home office.

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Matéria produzida por Vinicius Chinellato

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